A Elera Renováveis inaugurou recentemente o maior complexo solar fotovoltaico do Brasil, o Janaúba, em Minas Gerais. O empreendimento tem 1,2 MWp e recebeu investimento de R$ 4 bilhões.
O empreendimento é formado por 20 parques solares e ocupa uma área de 3 mil hectares, o equivalente a 4.300 campos de futebol. No total foram instalados 2,2 milhões de módulos fotovoltaicos.
A Intertechne foi responsável pelo projeto executivo civil e eletromecânico do Parque, com modelagem BIM e eventuais acompanhamentos de campo (ATO). Além desse projeto, a INTT foi responsável pelas UFVs Sol do Cerrado, que possui uma capacidade de 766 MWp, e a UFV Alex, com capacidade de 360 MWp.
A primeira fase do projeto Janaúba entrou em operação no ano passado e o restante foi sendo ligado ao sistema ao longo do primeiro semestre de 2023. A maior parte da energia do complexo será destinada ao mercado livre.
Veja a lista das 10 maiores usinas solares em operação no Brasil:
1 – Janaúba
Usina solar fotovoltaica Janaúba 2 da Elera Renováveis em Minas Gerais
Capacidade total: 1,2 GWp
Investimento: R$ 4 bilhões
Empresa: Elera Renováveis
Local: Janaúba (MG)
2 – São Gonçalo
Parque solar São Gonçalo III (256 MW) será capaz de gerar, sozinho, 597 GWh anualmente no Piauí (Foto: Divulgação/Enel)
O Congresso Mundial de Energia Hidrelétrica de 2023 (World Hydropower Congress – WHC 2023) teve seu encerramento no último dia 02, na Indonésia, e nos deixou muitas reflexões, além de uma marca na promoção do crescimento sustentável. Mais de 300 organizações de 43 países – incluindo a Intertechne – participaram do evento, destacando o papel crucial da hidroeletricidade na transição para uma economia global verde e sustentável.
“É um evento bianual que não poderíamos deixar de participar. Além de ser o principal evento mundial na área de hidroeletricidade, queríamos estar no centro do debate sobre a sustentabilidade e a importância da energia hidráulica na transição energética”, comenta o Diretor da Unidade de Água e Energia da Intertechne, José Pinheiro Machado, que nos representou durante o evento.
O Congresso marcou a posse do novo presidente da Associação Internacional de Energia Hidrelétrica (IHA), Malcolm Turnbull, ex-primeiro-ministro da Austrália, que enfatizou que a hidroeletricidade sustentável será a espinha dorsal dos futuros sistemas de energia. A abertura do Congresso foi feita pelo presidente da República da Indonésia, Joko Widodo, que reforçou compromisso com o desenvolvimento contínuo da hidroeletricidade sustentável no país.
A Intertechne é um dos membros da International Hydropower Association – IHA (Associação Internacional de Hidroeletricidade, em tradução livre). Ao participar da IHA, a Intertechne defende a importância das usinas hidrelétricas na chamada transição energética e reconhece seu papel na busca de projetos que sejam inovadores e, sobretudo, sustentáveis.
A IHA tem como objetivo promover e incentivar projetos hidrelétricos sustentáveis, mostrando a importância para a sociedade da sustentabilidade em obras de barragens e hidrelétricas, ressaltando que podemos construir um mundo onde as necessidades de energia e água podem ser atendidas de forma 100% renovável.
Um dos destaques do WHC 2023 foi o lançamento da Hydropower Sustainability Alliance (HSA), uma organização sem fins lucrativos e multi-stakeholder que visa aumentar a transparência no setor. A HSA introduziu um rigoroso sistema de avaliação de sustentabilidade e certificação de projetos hidrelétricos, além de um robusto programa de capacitação.
O Congresso também resultou na divulgação da Declaração de Bali sobre o Crescimento Sustentável. Esta declaração destaca a hidroeletricidade sustentável como a espinha dorsal das estratégias nacionais para construir economias de baixo carbono, impulsionadas por energia limpa e renovável.
As recomendações da declaração incluem o planejamento para futuras necessidades energéticas, incentivos para o desenvolvimento sustentável da hidroeletricidade, aceleração do desenvolvimento de energias renováveis e a incorporação de práticas sustentáveis da hidroeletricidade em regulamentações governamentais e obrigações do setor financeiro.
Segundo Pinheiro, esse é o futuro aqui na América Latina e a Intertechne está observando de perto essa movimentação. “As Américas, mais especificamente o Brasil, possui uma capacidade alta de armazenamento no país e um potencial de crescimento na área renovável maior ainda. Inclusive um grande exemplo disso é o nosso projeto de Aña Cua que apresentamos durante o evento. A Intertechne está preparada para este novo momento da energia sustentável!”, ressalta.
Um novo mundo sustentável
A Intertechne teve participação importante no evento. Em primeiro lugar, a empresa teve um estande, que foi visitado por delegados de várias partes do mundo. O Diretor de Água e Energia da empresa, José Pinheiro Machado, foi um dos participantes do painel “Powering the Energy Transition in the Americas”, no qual apresentou uma visão do momento de geração de energia elétrica no Brasil e quais as perspectivas para a geração hidrelétrica no futuro próximo no país.
Além disso, Pinheiro também apresentou, no “Innovators Corner” o conceito geral do projeto Aña Cuá, na fronteira entre Paraguai e Argentina. O projeto é uma ampliação da usina de Yaciretá, e consiste na construção de uma nova casa de força, com 270 MW, sem que haja interrupção da geração na usina principal e sem interferir com o reservatório de 1.600 km2.
Considerada uma obra sem precedentes na engenharia de barragens mundial pelo Diretor da Unidade de Água e Energia, Eng. Civ. José Pinheiro Machado, a obra conta com os geotécnicos mais experientes da Intertechne.
Este congresso não apenas celebrou conquistas significativas no setor, mas também estabeleceu bases sólidas para o crescimento sustentável, liderando o caminho para a Conferência das Partes (COP28) com uma mensagem clara sobre a centralidade da hidroeletricidade sustentável na transição global para o zero líquido.
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